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Tela de Frederic Leighton quarto crescente te recebo como um peixe em aquário opalino teu corpo entre a coxa e a coberta ereta
eu te
beijo beijo beijo beijo
em plano longitudinal a fotografia abraço transversal
entre o olhar o amor e a mobília
Escrito por célia musilli às 09h55
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Súbita delicadeza Sou suscetível a palavras, tons, ao modo como argumentam me abrindo os braços ou fechando o caminho das ternuras. Nasci assim, como pássaro que sente a direção do vento, a sutileza do sopro, a temperatura da brisa.
Então, em caso de amor, que me conduzam com beijos na trilha do corpo em geografia plena, com a carícia que ensina a cada poro a lição da doçura, com a umidade que fertiliza momentos que nos dão movimentos de pétalas.
Porque o amor, ainda que inserido na brevidade de um dia ou na eternidade dos séculos, existe para derreter nossas camadas de orgulho, de raiva e de impaciência, tocando nosso coração com a peculiaridade das coisas feitas para suavizar a crueza do mundo.
O amor é a passagem possível para um estágio de súbita delicadeza, desejos que se conjugam, verbo derramado com a generosidade do alimento farto.
Então, em caso de amor, não corrijam meus possíveis erros com exaltada fala ou com interpretações duras. Antes, reconheçam que aquilo que se vive por amor será, no fim de tudo, a única força capaz de reverter o imponderável encontro com o vazio, iluminando os dias passados com pequenos insigths de felicidade.
(Texto do livro "Todas as Mulheres em Mim")
Escrito por célia musilli às 18h58
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Ah! o mês de maio Maio chega com o friozinho prometido, um céu de lã, de carneirinhos voláteis me espiando entre as flores de algumas árvores que explodem roxas e rosas, num fundo decorado como paisagem em que Deus pôs a mão.
Escrito por célia musilli às 07h58
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